domingo, 24 de julho de 2011


***Hora de Tudo Acabar***

As lágrimas são confetes, e caem no batom gasto
rolando doidas vedetes, na pele o tapete vasto
Esgueirando pela porta, desce a sombra em raio gris
a mim nada mais importa, o que ilumina o chão de giz

Espantalhos em retalhos, na nesga a torturar
a miúdo, em farfalhos, eu não posso mais guardar
E hoje nesta solidão, que a mim assim devora
o bater do coração, é um grito que implora

Em devaneios disparo, olhares em profusão
isso sempre foi tão raro, fogo, raio de trovão
e as lágrimas violetas, num jardim que nunca vi

Voam tal qual borboletas, esperando o colibri
sem asas foram embora, sem beijos para secar
é então chegada a hora, a hora de tudo acabar
by
***RosaMel***

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