quinta-feira, 22 de setembro de 2011


*** DESVENTURA ***

Sem desconsolo ou mágoa
Volto sozinha ao porto de outrora
Olho o riacho que manso deságua
Puro e límpido como a aurora

Sou grata por tudo e não tenho pesares
São sobras, migalhas, o que esperar
Desconte em mim os seus azares
Se nada mais tens para me dar

Não olhes o meu barco aqui parado
As velas rompidas descosturadas
Sem forças no porto atracado
Com lágrimas mudas desventuradas

Eu parto chorando e fico dizendo
Partir e morrer são cartas marcadas
Mantem-me desperta eu quero viver.

***Rosa Mel***

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