segunda-feira, 19 de setembro de 2011


(hugo-esp-escobar_violeiro)

***BOÊMIO ARREPENDIDO***

Uma voz morna e chorosa
Lamentos no violão
Cai a lágrima teimosa
Rasgando o coração

Eu fui de muitos amores
E nem todos passageiros
Cantava afãs e dores
Os últimos alvissareiros

Mas o meu amor primeiro
Eu nunca pude esquecer
Pois era tão verdadeiro
Hei de amar até morrer

Mas eu guardo na lembrança
Morena cor de canela
Labios rubros feiticeiros
Delícia enroscar-se nela

Cheirosa flor de alfazema
Riso solto cascateado
Era esse o meu dilema
Em ficar apaixonado

Perdi o meu grande amor
Por aventuras sem sentido
Quisera que a minha morena
Estivesse aqui comigo

E hoje, olhos fitos naquela porta
Eu choro e lamento a pena
Esperando a sua volta.

***Rosa Mel***

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