sexta-feira, 14 de outubro de 2011


***TEMPO E POESIA***

Naquelas horas vazias
encho-me de ousadias
se poeta eu penso
e me acho pretenso
fico os meus dias
ali na rede suspenso

balançando as idéias
fervendo feito colméias
tecendo feito aranha
a sua teia na manha
minhas linhas eu amarro
feito joão de barro
alicerçando seu ninho

e vou bem de mansinho
feito serpente astuta
que serpenteia matuta
o caminho a seguir

de um bote bem certeiro
dá volta feito ponteiro
enrolando a caneta
que dança e faz murisqueta
fazendo tanta mutreta
que finalmente ele sai
não sei se sai a contento
mas com o vento ele vai

livre feito andarilho
as vezes saindo do trilho
mas querendo poetar
podes até lamentar
que eu não me importo não
pois que a poesia
me sai é do coração...

***RosaMel***

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