domingo, 18 de maio de 2008

*** Estrada Encoberta ***

Estrada larga de folhas cobertas,
em todas as nuanças contraditórias
O chão de folhas secas que estalam,
ao caminhar trôpego da andarilha
Secas e marrons em cujo outono,
caem também em ocre alaranjada
Segue triste em expectativa falha,
cai sem parar á espera de uma flor
Triste engano e sozinha na rua nua,
onde as rajadas de vento dispersam
A folha morta como morta como morta
esta, a minha alma cansada de chorar
Esperar e lastimar um amor que se foi,
uma lembrança triste de um bem querer
E nesta luta desigual acovardada,
que eu sigo o meu destino alucinada
Acuada por um amor já fenecido,
embora eu tenha muito te amado
Hoje lamento o quanto te amei,
e sigo na penumbra assustadora
Com o espectro daquilo que dantes fora,
já não sou mais a mesma amadora
Que ao raiar do dia em novas cores,
brilhando na aurora a estrela matutina
Anunciando um dia mal fadado,
é tão triste que a mim fulmina
Nos desamores do meu amor,
o encontrar por entre as flores mortas.

***Rosa Mel***

Um comentário:

Ao Sabor da Poesia disse...

Olá querida poetisa

Que lindo este teu poema outonal
adorei seu blog...

Um beijo no coração

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