sábado, 5 de janeiro de 2008

***BEDUÍNA***

Conta-me cigana errante,sem pátria e sem destino.
pára por um instante,deixa aprumo o meu tino.
Tu és mulher do deserto, nunca perdeste uma trilha.
Teu olhar é misterioso é esperto,
E não passas de uma andarilha.
O sol escaldante te doura a face,e teu rastro
e na areia apaga com o vento.
Percorres milhas e não arrefece, segues firme
a trilha no intento,
brava guerreira, cigana sem rei.
Mil homens te querem, com apetite voraz,
e quem tu queres, eu não saberei.
Pois a sorte na mão, és tu quem a traz.
Morena dourada de mito e magia, viestes distante
lá da Hungria.
Com ervas, unguento e sete sangria
És bruxa, feiticeira e adivinha, Deusa morena
divinamente bela,
Ser imaginário, andante, estradeira,
pareces pintada em aquarela.
Como oásis perdido, ilusório
Te amo, te quero, minha flor pequena,
Entrega-te a mim, Beduína andante
Ardente, misteriosa, sedenta e plena,
com este corpo de areia coberto
Por certo serias tu, a flor do deserto
e eu areia quente,
que não te liberto.

***Rosa Mel***




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