sábado, 11 de junho de 2011


***Dúvida Cruel***

Preciso sair para a rua, ai meu Deus que aflição.
Que vontade de sair nua, e com chapéu pela mão.
Com esta cara marrenta, eu juro que não saio não.
está ficando bolorenta, e é tão feia como o cão

Esta outra é de abobada, pra isso não sirvo não.
Pois eu sou muito safada, e não faço papelão.
E se eu sair pelada, somente com chapéu côco.
Me chamarão desventurada, e levarei uns picôco

O guarda chuva pego então, e faço dois buraquinhos
Pra cada um dos zoião, arejar os pobrezinhos.
Mas dentro de casa não fico, me nego até a morte.
E se na rua eu trupico, é pura falta de sorte.

Mas com que cara eu vou, abanar as minhas tranças?
Se descarada eu sou, e não perco as esperanças.
Mas que confusão danada, eu agora estou metida.
Corro que nem condenada, e o povo querendo briga.

Resolvi a situação, vou que nem Adão e Eva.
Na frente coloco a mão e atrás é uma treva.
Vou apelar para as folhas, da famosa parreira.
Não posso me difamar, pois eu sou “casamenteira”.
by
***RosaMel***

Nenhum comentário:

Todos os textos deste blog têm os direitos registrados para RosaMel.